terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cadê as fotos dos meus 15 anos?





O Sonho de minha mãe era fazer meu aniversário de 15 anos. Aliás o sonho era mais dela do que meu rs... rs... Mas fiquei muito feliz por isso. Por ela querer fazer meu aniversário. Então minha mãe que sempre gostou de guardar seu dinheirinho na poupança. Porque na época o negócio era guardar na poupança. Resolveu fazer meu aniversário. Então começou os preparativos. Festa simples, nada de glamour, mais ela mandou fazer um vestido muito lindinho pra mim, um bolo com formato de coelho, pois meu aniversário coincide com a páscoa, preparou os comes e bebes, contratou o fotógrafo para tirar muitas fotos e etc. Fizemos os convites e entregamos. Como morávamos numa casa de fundo, quando a dona recebeu o convite, ela não permitiu que a festa fosse lá. Ficamos bem chateados, mas tudo bem, não seria isso que iria nos impedir, então minha tia, irmã do meu pai deixou que fosse na casa dela, e foi bem melhor, porque lá tinha muito espaço, um quintal enorme.
Chegou o dia da festa, todos convidados vieram, comeram beberam, dancei a valsa com meu pai, e tudo mais. Foram tiradas muitas fotos, muitas mesmo. Estava muito feliz, tudo deu certo na festa. Enfim, dentro dos nossos recursos foi tudo maravilhoso! Até aí tudo bem!
Chegou o dia marcado pra buscar as fotos, estava tão feliz, não via a hora de ve-las. Era algo que iria marcar minha vida, as fotos do meu aniversário, iriam ser a prova viva de tudo!
Quando chegamos lá pra pegar as fotos, o atendente nos falou algo que nos deixou muito triste. Nenhuma das fotos forma tiradas! o filme escapou da máquina desde a primeira foto, e não saiu nenhuma foto sequer! Foi como se me dessem um soco na cara, fiquei passada, e sem palavras, nem acreditei. Nenhuma foto sequer saiu, parecia coisa encomendada, e olha que era um fotógrafo que já tirava foto da família há muito tempo. Que falta fazia a modernidade de hoje.
O moço propos para minha mãe que me levasse em uma festa de outra pessoa, para tirar fotos lá. Mas não aceitamos, pois que graça teria tirar fotos num aniversário dos outros, com decoração, bolo e convidado dos outros. Minha mãe mandou ele pra casa do chapéu, isso para ser educada aqui. 
Fiquei muito triste, chorei muito, demorou pra mim esquecer, sempre que lembrava chorava.
Mas hoje sei que Deus me ama e é aquele que sempre esteve comigo, está comigo, e sempre estará. Mesmo sem o conhecer nessa época, sei que ele ja era Deus zeloso comigo. Por isso me alegro, e até dou risada hoje ao lembrar desse episódio. 
E a minha linda festa  de 15 aninhos ficou registrada na minha mente e no meu coração.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

De volta pra São Paulo



Meu pai adoeceu e tivemos que voltar para São Paulo, pois todos os familiares de meu pai estavam em São Paulo. foram cinco anos morando em Fortaleza; dos sete aos doze anos de idade. Fiquei muito triste pois amava morar em Fortaleza. Voltamos, e por muitos anos sentia tanta vontade de voltar para lá, era uma dorzinha lá no fundo da alma de tanta saudades.

Meu pai melhorou, mas o médico o alertou que teria de parar de beber se quizesse viver mais alguns anos.

As discurções entre meu pai e minha eram constantes, por causa da bebida, ele bebia e brigava, quado ele ficava são minha mãe brigava, era um horror, estava tão cansada e envergonhada. Até que ficaram sem se conversar, não sei o que era pior, as discurções ou silêncio mórbido entre os dois, ficavam mandando recado por mim, tipo assim: "Fala pro teu pai assim e assado..." ou fala pra tua mãe que assim e assado..." isso os dois estando um perto do outro... gente isso ninguém merece!

Até que um dia meu pai resolveu ir embora levando as roupas e a televisão dele... quer saber fiquei tão aliviada, isso que estávamos vivendo nem era vida. Assim que meu pai foi embora o dono da casa veio pedir a casa com medo de minha mãe não pagar o aluguel. Mas tudo bem, minha mãe tirou de letra, começou a trabalhar de revenda, saia de manhã chegava de noite, minha mãe era uma mulher de fibra, conseguiu pagar aluguel e não deixava faltar nada em casa.




terça-feira, 12 de abril de 2011

Doces lembranças.



Meu Deus como amava estudar, comecei na escola atrasada. Entrei com oito anos na primeira série, mas com uns dois meses, ja me transferiram para a segunda série, pois o meu desmpenho estava muito bom. Comecei a estudar na minha doce escolinha que ficava dentro da fazenda Uirapuru em Fortaleza, era uma escola de Freiras. Amava minha escolinha, amava meus amiguinhos, minha professora, alias sempre digo minha primeira professora, que se chamava Socorro foi minha primeira paixão. Como amava e adimirava ela, enfim amava estudar. Nada me deixava mais feliz! Aprendi a tabuada rapidamente, devorava todos os livros que a escola nos dava. Era tão bom, tenho doces lembranças desses momentos.
 Lembro-me que eu era muito tímida, a professora perguntava como você se chama e eu respondia tão baixinho, quase não se ouvia.
Mas certa vez íamos fazer uma apresentação na qual precisava de alguem para ler um texto, um menino que ia ler estava com uma leitura péssima, então a professora mandou cada um da classe ler um trecho do texto. E a professora falou que eu estava com a leitura ótima. Então fui escolhida para fazer a leitura, mas o único problema e que lia muito baixo, daí a professora começou a fazer diariamente um treinamento, para que eu lesse mais alto, e tivesse melhor postura, e no final deu tudo certo.
Uma certa vez iria ter uma apresentação de dança, a professora perguntou "quem quer participar?" Com certeza não levantei minha mão. As meninas foram esnsaiar com a professora e fiquei na classe com o restante do pessoal que não ia partiipar. Não demorou a professora voltou, porque precisava de mais alguem, aí ela olhou pra mim e me convidou pra participar, e eu disse NÃO!!!! A professora disse, "vamos você vai ficar lá traz, vamos ao menos tente, se não der certo tudo bem". Acabei concordando e fui. Vocês nem sabem o que aconteceu! Comecei a ensaiar lá na última fileira, estava me saindo tão bem, que a professora acabou me chamado pra ser a primeira da fila... rs... aí meu Deus, eu dancei muito bem! Lembro que era uma dança portuguesa, com a música do Roberto Leal chamada Ô malhão, malhão... kkk... fala sério!
Mas foi tudo muito lindo, apresentamos na escola, e em outra escola que tinha um teatro lindo! Tudo isso foi fundamental para meu desenvolvimento, por isso guardo com todo carinho essa lembrança na minha mente e em meu coração.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Praia ou a Bola?




Um dia quando criança lá em Fortaleza, a vizinhança resolveu ir a praia, minha tia ia também e chamou meu pai, minha mãe pra ir. Só que não dava pra eles irem, por isso não quizeram me deixar ir, ah fiquei muito triste, chorei pedindo pra ir, mas não deixaram. Então meu pai, falou se eu ficasse, ele me daria uma bola. Nossa... fiquei muito feliz e aceitei. Meu pai comprou a bola. então fui brincar com minha amiga, na primeira jogada a bola bateu na cerca de arame, e puuffffff... furou... fiquei sem a bola e sem a praia. snif... kkk.
Nem sempre dá pra ter tudo o que se quer na vida, e as vezes conseguimos a felicidade em coisas materiais, que só nos traz felicidade momentanea. Mas a verdadeira alegria só podemos encontrar em Cristo Jesus, pois sabemos que ele é a nossa esperança. Porque sabemos que se chorarmos a noite, com certeza a alegria virá pela manhã, pois são as próprias palavras Dele para nós. Basta cremos e não duvidar, e confiarmos que com certeza receberemos tudo o que almejamos, desde que o nossos sonhos também sejam os sonhos de Deus.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Um Dom de Deus

Pífano instrumento indígena


Durante o tempo em que vivi em fortaleza foram  momentos inesquecíveis, dos 7 ao 12 anos morei lá, apesar de ter sido uma vida carente, mas nunca senti falta de nada, o pouco que tinhamos era o suficiente para vivermos. 
A única coisa que me deixava triste mesmo era o meu pai beber pinga, e depois ele e minha mãe brigarem, isso realmente me deixava triste e envergonhada. Mas fora isso meus pais eram tudo pra mim aqui na terra e eu os amava muito, e me sentia muito bem ao lado deles.
Quando meu pai não bebia, ele era um bom pai. Minha mãe também sempre foi uma ótima mãe e sempre esteve comigo enquanto viveu. E vou dizer ela amava o meu pai, porque senão não o teria aguentado por tanto tempo na vida do vício do alcool e outras coisitas mais... o que me chateia e saber que alguns da  família do meu pai ainda acusava minha mãe, mas somente eu, ela e Deus claro, sabemos o que é conviver com uma pessoa com problema que meu pai teve. E me lembro que a família era boa pra criticar, mas ajudar nunca foi capaz, pois sempre que chegávamos na casa de alguns parente sempre tinha uma maldita cachacinha pra ofercer para o meu pai. 
Meu pai sempre nos contou, que para o meu avô era honra um homem beber cachaça, meu pai também nos contou que seu pai já lhe dava cachaça ao 7 anos de idade. Sei que era pura ignorancia de meu vô. Muitos homens antigos achavam que para ser homem de verdade, tinha que beber e ser mulherengo. E isso meu pai sabia fazer muito bem. Amava meu pai e sentia muita dó por toda essa situação. Pois não era culpa dele.
Meu pai, fora essa doença do alcoolismo, era uma ótima pessoa; trabalhadora,  divertida e muito talentoso, e graças a Deus eu e minha filha herdamos dele um dom maravilhoso. O dom da música, meu pai amava tocar, aprendeu tocar violão, flauta, pífano um instrumento indígina, que ele mesmo fazia, ele fazia com a taboca, uma matéria parecida com um bambu.
Sabe, amo lembrar os poucos momentos bons que passei ao lado de meu pai, ele gostava de tocar e eu era a cantora... rs... hoje por causa desse talento do meu paizinho, eu e minha filha tocamos e cantamos louvores na nossa igreja. Louvado seja Deus!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mudando de Cidade



Quando eu tinha sete anos, minha mãe foi para fortaleza, fomos morar lá, meu pai ficou aqui, mas depois de três meses ele foi  também, passamos uns momentos bem difícies. Mas depois tudo foi se acertando, mas tudo sempre bem simples. Naquele ano não entrei na escola. Porém tive uma professora que na época dava aulinhas de cartilha... rs... no ano seguinte fui matriculada na primeira série aos oito anos. Morávamos na beira de um rio próximo ao estádio de futebol Castelão. As mulheres lavavam roupas nele (poluíamos o rio sem ter nenhuma noção), enquanto as crianças tomavam banho e brincavam, era muuuito bom, simplesmente  pude curtir a minha infância nessa época.
Na escola estava muito bem, amava estudar, tanto que a minha professora achou que eu deveria ir para uma sala de segunda série, pois já sabia ler e escreve. Fiquei muito feliz por isso!
Minha mãe agora queria ser mãe novamente. Mas nunca mais conseguiu engravidar. Imaginem, e ela pensou em me abortar. Deus é mesmo fiel, se ela tivesse cometido esse ato, teria se arrependido pelo resto de sua vida.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Enquanto eu dormia!




Vou contar algo que aconteceu comigo quando tinha cinco anos, foi muito engraçado, pelo ao menos pra mim. Alguém já acordou com um monte de copos na cabeça? Isso acanteceu comigo! kkk...
Meu tio veio de fortaleza morar conosco. Então ele saiu pra procurar emprego, e logo achou. Então ele pediu a marmita da minha mãe emprestado. Minha mãe tinha uma marmita boa, de aluminio, que era muito usada naquela época. Minha mãe disse a ele que emprestaria, mas que também estava procurando emprego e que assim que achasse precisaria da marmita de volta. Meu tio disse: "não madrinha, devolvo sim, com certeza, vou ficar com sua marmita por pouco tempo!" Então tá, ela disse.
Não demorou muito minha mãe também achou emprego, quando meu tio voltou, ela pediu a marmita de volta. Ele disse simplesmente assim: "Não vou delvover não, essa marmita agora é minha." kkkk... minha mãe disse que o sangue dela subiu e desceu. Ficou com muita raiva do meu tio, imagine quem não ficaria. Aí começou, "me dá minha marmita", "dou não é minha"... "não é sua não", "é minha sim", "devolvo nada"... kkk... enquanto tudo isso acontecia, eu estava dormindo! E como nossa casa era muito pequena, em cima da minha cama, tinha uns copos plasticos pendurados.
Minha mãe pegou a marmita, e meu tio começou a puxar a marmita, e puxa daqui e puxa dali, derrubaram os copos na minha cabeça, ainda bem que eram de plásticos. Oh soninho pesado esse meu neh?! Só com os copos na cabeça é que acordei... rs...
Sabe qual foi o final da história?! Meu tio tomou a marmita, e pisou cima e amassou ela toda, nem dele e nem dela... ninguém merece. Minha mãe muito irada pegou a caminha de armar e fechar dele e as roupas e jogou pra fora de casa. Fala sério!
Esse meu tio, o tio Paulo, era o irmão predileto da minha mãe, digo era porque, minha mãe já não está entre nós. Ela sempre se preocupou muito com meu tio, sempre amou ele demais, como se fosse um filho. O amor que minha mãe tinha por ele superava essa e tantas outras brigas.